Segundo relatório da OMS, mais de 100 milhões ainda dependem de rios e lagoas, enquanto meta de acesso universal até 2030 é considerada cada vez mais inalcançável
Mais de dois bilhões de pessoas no mundo continuam sem acesso à água potável administrada de forma segura, lamenta a Organização Mundial da Saúde, OMS, em um relatório divulgado nesta terça-feira, 26 de agosto, que alerta para os poucos avanços na direção de uma cobertura universal.As agências das Nações Unidas responsáveis pela saúde e pela infância calculam que uma em cada quatro pessoas no mundo não teve acesso no ano passado à água potável administrada de maneira segura. Além disso, mais de 100 milhões de pessoas continuavam dependentes de água superficial, procedente de rios, lagoas e canais.A OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) destacam que o atraso no programa de avanços dos serviços de Água, Saneamento e Higiene (WASH, na sigla em inglês) expõe bilhões de pessoas a um risco maior de doenças.
Acesso limitado na África
Desde 2015, 961 milhões de pessoas obtiveram acesso à água potável administrada de forma segura, o que aumentou a cobertura de 68% para 74%, segundo o relatório.
Dos 2,1 bilhões de pessoas que ainda não tinham acesso a serviços de água potável administrados de forma segura, 106 milhões continuavam utilizando águas superficiais, o que representa uma redução de 61 milhões em uma década
Em 2024, apenas 89 países tinham um serviço básico de fornecimento de água potável, incluindo 31 que alcançaram o acesso universal a serviços administrados de forma segura.Por outro lado, 28 países onde uma em cada quatro pessoas ainda não tem acesso a serviços básicos se concentram principalmente na África
FONTE: G1
